segunda-feira, 27 de outubro de 2008

A Máfia Psíquica - Parte 2


De todas as impressionantes revelações do livro "A Máfia Psíquica" de Lamar Keene, sem dúvida as mais constrangedoras estão no capítulo 5 sob o título: "Segredos da Sessão Espírita".

É neste capítulo que ele escancara metodicamente as diversas estratégias fraudulentas usadas pelos médiuns para lubridiar seus clientes.

Muitos ficavam admirados com a clarividência demonstrada por Keene em suas sessões. Para muitos a revelação de vários detalhes sobre os mortos que consultavam era uma prova irrefutável da comunicação com estes espíritos desencarnados.

Porém, ele mesmo explicou que tudo era conseguido através de um minucioso trabalho de pesquisa avançada:


"Para receber informação sobre os acompanhantes, tínhamos uma variedade de métodos, todos divergentes. Eu já mencionei que furtando bolsas e carteiras e remexendo bolsos no lugar escurecido da sessão para desencavar tais dados como números de seguro social ou cadernetas bancárias. Nós também fizemos uma regra que qualquer um desejando estar numa sessão privada do grupo teria que assistir a três serviços públicos da igreja (na igreja espiritualista de Keene) de antemão. Isso significava que eles poderiam ser observados e nós poderíamos reunir informação sobre eles das mensagens que eles escreviam. Cada mensagem foi selada no topo: 'Por favor, enderece sua mensagem a um ou mais amados em espírito, dando o primeiro e o último nomes, fazendo uma ou mais perguntas e assinando seu nome completo'. Uma mensagem assim dava-nos o suficiente para surgir com um arquivo sobre qualquer pessoa..." (A Máfia Psíquica, pág.91).

Como verdadeiros detetives, Keene e seus médiuns utilizavam também recursos de alta tecnologia para conseguir todas as informações de que necessitavam:


"Também, tive um coletor eletrônico de som - um artifício para colher sons numa distância considerável - posicionado numa casa que nós possuímos atravessando a rua da igreja. Armando isto na igreja antes de um serviço, nós colhíamos dados deliciosos de conversa que mais tarde foram tecidos em mensagens assustadoras". (A Máfia Psíquica, pág.92).

As pessoas que procuravam seus serviços "espirituais" já o faziam pré-dispostas a acreditar que tudo aquilo era a mais absoluta verdade, por este motivo eram tão ingênuas fornecendo sem qualquer desconfiança tantas informações preciosas.


Toda pessoa que pretenda procurar um médium deve conhecer a primeira e principal regra para testar sua legitimidade: Forneça o menor número de informações quanto possível, mas de preferência não forneça informação nenhuma.

Agora, bom mesmo é fornecer ao médium informações falsas, pois assim, se o mundo dos espíritos for realmente verdadeiro, ele deverá ser avisado pelo além do engodo e poderá até receber uma mensagem de repreensão àquele que procura enganá-lo.

Continua...

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