terça-feira, 6 de outubro de 2009

Houdini contra a Bruxa Loira da Rua Lime (2)

por Massimo Polidoro

(Continuação)

A VIDA NA RUA LIME


Os acontecimentos que nos interessam começaram na primavera de 1923, na Rua Lime nº 10, uma casa de tijolo de quatro andares na elegante vizinhança de Boston de Beacon Hill.

O marido de Margery, o Dr. Le Roy Goddard Crandon, era um homem obstinado e aristocrático, com muitos passatempos e interesses além da medicina, variando de uma paixão para o mar ao estudo dos escritos de Abraham Lincoln. Era inevitável que sua mente inquiridora se voltasse a um assunto que interessou todo o mundo na pesquisa psíquica dos anos de 1920.


Seu interesse foi desperto por uma reunião que ele teve com o Senhor Oliver Lodge (1851-1940), um físico de grande fama que, depois da morte do seu filho Raymond durante a 1ª Guerra Mundial, tinha anunciado que ele acreditava na sobrevivência humana depois da morte e na possibilidade de se comunicar com os mortos. Lodge tinha sugerido um livro a Crandon, The Physical Structures of the Goligher Circle escrito por um Dr. Crawford, um engenheiro de Belfast e um entusiasta do paranormal. Depois de ler história de Crawford da sobrenaturalmente talentosa

Kathleen Goligher e sua família, pensamentos estranhos andaram na mente do médico.

Seria isso realmente possível, Crandon se perguntava, que os “cantiléveres psíquicos” que Crawford falava existissem? E se for assim, como estes “pseudopódes” poderiam ter a força para levantar sequer uma mesa? Crandon decidiu tentar descobrir para si e em poucas semanas tinha uma mesa construída às especificações exatas de uma usada no caso Goligher.


Em 27 de maio Crandon sentou-se ao redor da mesa com sua esposa e alguns amigos no andar superior da casa na Rua Lime. A câmara foi escurecida e, seguindo as instruções de Crandon, os assistentes uniram as mãos e esperaram. Repentinamente, a mesa se moveu levemente. Então moveu outra vez e inclinou-se para cima em duas pernas. Alguém sugeriu que tentassem descobrir qual deles talvez fosse o médium, assim um de cada vez cada assistente deixou o local. Desde que a mesa continuou a balançar e parou só quando Mina, a esposa do médico, partiu, não havia nenhuma dúvida: ela era o médium.

Continua...

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