quinta-feira, 25 de março de 2010

Corrida de Montanha (Parte 3)

por Cleiton Heredia


Se eu contasse numa rodinha de corredores que um atleta de elite venceu uma corrida de 12 km com o tempo de 54 minutos, com certeza todos achariam isto muito estranho, pois todos sabem que um atleta de elite, que roda na média de 3 min/km, poderia facilmente completar esta distância com um tempo bem inferior a 45 minutos.

Agora se eu explicasse que se tratava de uma corrida de montanha, quem conhece esta modalidade, não estranharia nem um pouco.


Esta é outra significativa diferença entre uma prova de rua e uma prova realizada nas montanhas. Enquanto que na primeira se pode estabelecer um tempo padrão por quilômetro rodado, já nas corridas de montanha este padrão inexiste, pois tudo dependerá do nível de dificuldade enfrentado em cada trecho específico.

Um atleta pode em uma mesma prova rodar a 3 min/km em um trecho plano de estrada e ao se defrontar com a travessia de um rio ou uma subida muito íngreme em meio a rochas escorregadias de uma cachoeira demorar 3 minutos para percorrer apenas 300 metros.


Cada corrida de montanha possui os seus trechos de dificuldades únicos impossibilitando estabelecer um tempo padrão para provas realizadas em circuitos diferentes. Cada circuito tem o seu tempo específico por competidor, ou seja, o tempo de um atleta para completar os 12 km da prova de Paranapiacaba é um, e o tempo do mesmo atleta para completar os mesmos 12 km da prova de São Sebastião será outro.


A única forma de o corredor avaliar se está melhorando ou piorando seu desempenho seria comparando seu tempo de prova dentro de um mesmo circuito (exemplo: tempo em que fez Paranapiacaba o ano passado com o tempo deste ano). Porém, mesmo assim basta os organizadores modificarem o trajeto ou chover para nossa comparação ir por água abaixo.

Continua...

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